Mal te ergas do sono profundo
vai abrir as comportas, olha teu gado
submisso e manso
Rega teu prado e lava tua alma
Revê o tempo das veias
no seu alargamento pelo regadio
vigilante
Ao primeiro sinal de inocência
repete três vezes o nome de tua mãe
Mãe:
As árvores este ano estão negras
e os grilos não me chamam...
Autor: Antônio Teixeira e Castro
Livro: Texturas e constelações, editora
Escrituras, 2005