Tem
a crina de lua esse cavalo,
dorso
de girassol, patas de vento,
e
como vive além do pensamento
o
poeta não consegue mais domá-lo.
O
seu olhar é de corça, o pêlo ralo,
mas
galopa entre chamas. Cata-vento
ele
mói as palavras-alimento,
rumina
sonhos seu maior regalo.
Num
tempo sem futuro nem passado
busca
Jerusalém, fértil de medos
e,
aos coices, quebra o mármore sagrado.
Sabe
através da chuva a sua idade
e
em folhas de papel guarda segredos
-
uma parte animal, um Deus metade.
Alonso Rocha. Livro: O tempo e o
canto, Unama, 2009.
Olá. Gostaria de comprar os livros do Alonso Rocha. Pretendo fazer uma pesquisa acerca deste grande poeta paraense. Alguém poderia me ajudar? Fico no aguardo.
ResponderExcluirOi, Luciana. Desculpe, só hoje vi seu comentário. Eu só tenho um livro dele, lançado pela UNAMA. Se ainda lhe for útil, sugiro que você procure informações na Academia Paraense de Letras, em Belém.
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